O processo judicial movido contra a Bungie, alegando o uso de ideias protegidas por direitos autorais em Destiny 2, passou a ser mais complexo, uma vez que um juiz federal rejeitou a tentativa da desenvolvedora de arquivar o caso e decidiu que as evidências apresentadas pela Bungie, na forma de vídeos no YouTube e páginas de wikis feitas por fãs, não são aceitáveis.
O processo, apresentado pelo autor Matthew Kelsey Martineau no final de 2024, acusa a Bungie de supostamente copiar várias ideias de sua obra, incluindo a facção Red Legion de Destiny 2 e outros elementos, como um grande objeto celestial pairando sobre a Terra.
A Bungie buscou arquivar o caso, mas enfrentou um problema inesperado. Muitas das ideias citadas por Martineau, especialmente as campanhas Red War e Curse of Osiris, não estão jogáveis há anos. Elas foram removidas de Destiny 2 como parte do processo de “vaulting” da Bungie, que enfoca a retirada ocasional de conteúdo antigo do jogo. Isso levou a Bungie a incluir vídeos de lore do YouTube em sua moção para arquivar o caso (como um vídeo de 10 horas intitulado “Complete Story of Destiny”, do criador My Name is Byf) e páginas do Destinypedia para demonstrar as diferenças entre Destiny 2 e a obra de Martineau.
Em uma declaração incluída na tentativa da Bungie de arquivar o caso, o diretor de Destiny 2, Tyson Green, explicou que as campanhas Red War e Curse of Osiris “não podem mais ser executadas porque seu código desatualizado é incompatível com a estrutura operacional subjacente de Destiny 2″, justificando o uso de vídeos do YouTube e páginas de wikis.
“Como resultado, a Bungie não pode viavelmente fornecer ao tribunal o jogo original de Destiny 2 como existia em 2017, incluindo as campanhas ‘Red War’ e ‘Curse of Osiris'”, afirmou Green. Nem a Bungie poderá produzir as campanhas acusadas em forma operável ou revisável se este assunto prosseguir para uma descoberta formal.
Contudo, o juiz responsável pelo caso indicou que há evidências suficientes para prosseguir com a ação por infração de direitos autorais, informando que não aceitará vídeos do YouTube e páginas de wikis como válidos do lado da Bungie, uma vez que se originam de terceiros e a “autenticidade” não foi estabelecida. O juiz também afirmou que os casos citados pela Bungie em sua moção para arquivar não são aplicáveis a este caso específico, e que “exigiria uma análise muito mais complicada lado a lado do que aquelas realizadas na jurisprudência citada pelo réu.
A Bungie irá divulgar a próxima expansão de Destiny 2, The Edge of Fate, durante um livestream programado para o dia 6 de maio. Enquanto isso, o novo jogo da Bungie, Marathon, recentemente passou por um teste Alpha fechado e está agendado para ser lançado em 23 de setembro.