A utilização de inteligência artificial (IA) no sistema judicial brasileiro tem gerado mudanças significativas nos processos de decisão. Um dos juízes que adotaram a tecnologia registrou um aumento considerável na produtividade, passando de 80 sentenças mensais para 969. Este avanço levanta discussões sobre a eficácia e a ética da aplicação de IA em contextos legais.
O crescimento na quantidade de sentenças emitidas demonstra o potencial da IA para otimizar o tempo e os recursos envolvidos na análise de casos. Contudo, a utilização de ferramentas automatizadas suscita preocupações acerca da qualidade das decisões judiciais e da substituição do trabalho humano. A Justiça, por sua vez, está investigando as práticas associadas ao uso de IA, considerando a necessidade de regulamentação e supervisão adequadas.
Essas investigações visam garantir que a aplicação da tecnologia não comprometa os princípios fundamentais da justiça, como a imparcialidade e a transparência. Especialistas apontam que, embora a IA possa auxiliar na celeridade dos processos, é fundamental manter um equilíbrio entre a inovação tecnológica e a responsabilidade jurídica.
Em um momento em que a digitalização ganha espaço em diferentes setores, a Justiça busca acompanhar essa evolução, avaliando como a integração de soluções tecnológicas pode impactar o funcionamento do sistema judiciário. As próximas etapas envolverão a elaboração de diretrizes que assegurem a utilização ética e eficiente da IA, preservando a integridade do processo judicial.
