Colaboração entre UFRJ e startup suíça em IA para análise de artworks

Colaboração entre UFRJ e startup suíça em IA para análise de artworks


Escola de Belas Artes da Universidade recebeu equipe para workshops sobre captação de fotografias multiespectrais


Parceria entre UFRJ e startup suíça especializada em inteligência artificial na análise de obras de arte | Foto: Acervo/EBAUFRJ

Recentemente, a Escola de Belas Artes (EBA) da UFRJ recebeu uma equipe da Matis (Monitoring Art with Technology, Innovation and Science), uma startup suíça que se especializa em imagens multiespectrais avançadas e inteligência artificial. O evento, realizado na Cidade Universitária, teve como objetivo oferecer capacitação sobre captação de fotografias multiespectrais a alunos e profissionais externos à instituição. A iniciativa foi financiada pela agência de inovação Swissnex e contou com dois dias de imersão em novas tecnologias, organizados através de dois workshops.

Durante os workshops, foram analisadas obras do Museu D. João VI, que preserva um acervo significativo da Academia Imperial de Belas Artes e da Escola Nacional de Belas Artes, além de doações de colecionadores. Segundo o professor Daniel Lima Marques de Aguiar, do curso de Conservação e Restauração, o objetivo principal foi apresentar aos estudantes essa tecnologia emergente.

A atividade também se concentrou em profissionais do mercado de artes, com a análise de obras da Casa Museu Eva Klabin. Participaram representantes do Museu Nacional de Belas Artes, do Museu Nacional da UFRJ, do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, do Museu de Arte de São Paulo (Masp), bem como profissionais da UFMG e conservadores e restauradores independentes.

Fotografias Multiespectrais

Conforme esclarecido por Daniel, as fotografias multiespectrais são técnicas de coleta analítica de dados. Ele destaca que essa tecnologia permite a visualização de aspectos em pinturas que são invisíveis a olho nu. “Utilizamos fotografias multiespectrais para extrair dados que nossos olhos não conseguem detectar. A tecnologia permite identificar materiais, além de revelar intervenções de restauro anteriores, permitindo distinguir entre elementos originais e não originais de uma obra. Também é possível visualizar o esboço do artista que pode estar coberto por tinta”, explica.

Importância para Conservadores e Restauradores

As informações obtidas por meio de fotografias multiespectrais são cruciais para conservadores e restauradores, pois ajudam a compreender a história e a autenticidade das obras. No contexto do mercado de arte, esse tipo de análise está intimamente ligado a estudos de proveniência, autenticação e à própria história da arte.

O evento foi organizado pelo Museu D. João VI, com a coordenação dos professores Daniel Lima Marques de Aguiar e Humberto Farias de Carvalho, ambos do curso de Conservação e Restauração da EBA.

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