Meta lança API Llama para desenvolvedores

A Meta anunciou, em 29 de outubro, a disponibilização da API Llama após alcançar 1,2 bilhão de downloads do modelo Llama 4. Durante a conferência LlamaCon, Manohar Paluri, vice-presidente de Inteligência Artificial da empresa, destacou que o objetivo da biblioteca é simplificar a construção de aplicações baseadas em um modelo multimodal.

Paluri enfatizou que a tecnologia pode ser utilizada de maneira ágil, personalizada e sem imposição de lock-in, permitindo que os usuários treinem ou realizem fine-tuning de modelos, além de transferi-los para outras plataformas. Angela Fan, pesquisadora de IA generativa da Meta, apontou que essa flexibilidade é uma característica essencial dos modelos open source.

O kit de desenvolvimento, que oferece suporte para Python e TypeScript, inclui os modelos mais recentes da Llama, como os Llama Maverick 4 e Llama 4 Scout, além de versões anteriores como o Llama 3.3.

A versão preliminar da API Llama está disponível desde 29 de outubro. Desenvolvedores interessados em experimentar a ferramenta podem se inscrever através de um link específico e aguardar na fila de espera.

‘Open source é a chave’

Databricks

CEO e cofundador da Databricks, Ali Ghodsi (reprodução: Meta/LlamaCon)

Durante o evento, Ali Ghodsi, CEO da Databricks, destacou que modelos de código aberto estão promovendo a personalização em diversos setores, resultando numa pressão para a redução dos custos associados a grandes modelos de linguagem (LLMs). Ele ressaltou que qualquer usuário pode implementar o modelo Llama em uma CPU, o que facilita a redução de preços e a ampliação de casos de uso em diferentes organizações. Exemplos citados incluem sistemas de atendimento automatizados utilizando IA para identificar riscos em chamadas e ferramentas de análise financeira.

Mark Zuckerberg, CEO da Meta, também comentou sobre a dinâmica da indústria de IA, observando que a introdução de novas versões do Llama leva a uma queda nos preços das APIs de outros players do setor.

Destilando e misturando modelos de IA

Meta

Mark Zuckerberg, CEO e cofundador da Meta (reprodução: Meta/LlamaCon)

Ghodsi também comentou que a popularização do open source está possibilitando a combinação de diferentes modelos de IA, criando novas aplicações e casos de uso. Ele citou o DeepSeek, utilizado por clientes da Databricks, que integra o Llama em seus processos, ressaltando que as empresas frequentemente começam seus projetos com um modelo e finalizam com outro, adaptando conforme suas necessidades.

Zuckerberg ainda acrescentou que, ao se deparar com diferentes modelos que oferecem particularidades vantajosas, desenvolvedores podem selecionar elementos de diversas bibliotecas open source para personalizar suas soluções. Com isso, a complexidade do ecossistema também impõe a necessidade de que ferramentas de “destilação” sejam desenvolvidas para capturar aspectos específicos de cada modelo.

“Esse é o diferencial do open source em relação a modelos fechados. O desenvolvedor não precisa restringir-se a um único modelo padrão; pode extrair partes que necessitar de um número crescente de modelos disponíveis”, finalizou o CEO da Meta.

Imagem principal: VP de IA da Meta, Manohar Paluri (blusa escura); Angela Fan, cientista e pesquisadora de IA generativa da Meta (reprodução: Meta/LlamaCon)

 

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