Novidades da Microsoft em Agentes de IA para Empresas

A Microsoft anunciou durante o evento Build, realizado em Seattle, no dia 19 de junho, o lançamento de novos modelos e agentes de programação com inteligência artificial (IA) direcionados a soluções empresariais.

Com isso, o Azure AI Foundry, GitHub e Windows serão aprimorados para proporcionar aos desenvolvedores uma maior agilidade e capacidade em suas tarefas, abrangendo desde a programação até a pesquisa e o desenvolvimento de soluções customizadas.

Entre os novos produtos, destaca-se o Microsoft 365 Copilot Tuning, que visa otimizar o desenvolvimento e a implementação de soluções de IA, facilitando a criação de novas tecnologias dentro das organizações.

Adicionalmente, o GitHub, plataforma destinada ao gerenciamento de código-fonte em projetos de desenvolvimento, permitirá que equipes testem diferentes modelos sem a necessidade de deixar o ecossistema Microsoft.

O Windows AI Foundry será introduzido como uma plataforma integradora e confiável que assistirá o ciclo de vida do desenvolvedor de IA, oferecendo APIs simplificadas para tarefas relacionadas a visão computacional e processamento de linguagem natural.

No evento, Kevin Scott, diretor de tecnologia da Microsoft, afirmou que a empresa está comprometida em fomentar a adoção de padrões setoriais que possibilitem a colaboração entre agentes de IA de diferentes fabricantes. Esses agentes são sistemas capazes de executar tarefas específicas de forma autônoma, como a correção de erros de software.

Scott também mencionou o apoio da Microsoft ao Model Context Protocol (MCP), um protocolo de código aberto desenvolvido pela Anthropic, com a colaboração do Google. Este protocolo tem o potencial de estabelecer uma “web de agentes”, semelhante ao impacto dos protocolos de hipertexto na disseminação da internet nos anos 1990.

O diretor destacou que a evolução da “web de agentes” dependerá da criatividade e inovação dos desenvolvedores, ao invés de ser direcionada apenas por algumas corporações.

Ele ainda abordou o desafio de aprimorar a memória dos agentes de IA, ressaltando que a maioria das soluções atuais tende a ser transacional e carece de maiores avanços. Contudo, melhorias nessa área requerem um maior poder computacional. A Microsoft está explorando uma abordagem chamada structured retrieval augmentation, onde o agente elabora um resumo baseado nas interações com o usuário, semelhante ao funcionamento do cérebro humano.

“Esse é um elemento central de como se treina um cérebro biológico – você não força tudo na sua cabeça toda vez que precisa resolver um problema específico”, completou Scott.

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