Preocupações sobre a inteligência artificial e sua relação com a humanidade são comuns, mas a situação é mais complexa do que se imagina.
A preocupação com a possibilidade de a inteligência artificial agir contra os interesses humanos é um tema frequente de debate. Esse receio é compartilhado por muitas pessoas, refletindo um questionamento fundamental sobre a natureza e o controle dessa tecnologia.
Entretanto, é importante destacar que a IA não possui instinto de sobrevivência, diferente dos seres humanos. O verdadeiro desafio reside na maneira como essas tecnologias são desenvolvidas e implementadas, especialmente em relação à programação e aos objetivos priorizados pelos desenvolvedores.
Ainda que as capacidades das ferramentas de inteligência artificial tenham avançado consideravelmente, elas carecem de elementos essenciais como os sentidos, que estão intrinsicamente ligados à nossa consciência. Sem esses sentidos, a IA não pode reproduzir a mesma percepção e consciência humana.
Portanto, a expectativa de que máquinas possam desenvolver ações hostis em relação aos humanos é improvável. Este assunto é abordado detalhadamente na coluna Olhar do Amanhã, com a contribuição do doutor Álvaro Machado Dias, neurocientista e futurista. Vale a pena conferir.
Vitoria Lopes Gomez é redatora especializada em tecnologia.
Bruno Capozzi é jornalista com especialização em redes sociais e tecnologia, formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP.
