A série The Last of Us, produzida pela HBO, rapidamente se tornou um fenômeno cultural, apresentando um universo dominado por fungos em um futuro desolador a um público amplo, muitos dos quais não tinham jogado o game. Preenchendo o vazio deixado por Game of Thrones, a série se consolidou como um evento televisivo. Após dois anos, a série retornou com momentos impactantes e altas classificações, mas também trouxe à tona uma problemática recorrente entre os fãs.
Este relato contém spoilers da segunda temporada de The Last of Us.
No site Metacritic, a segunda temporada recebeu o selo de “must watch” e aclamada universalmente, com uma pontuação atual de 81 baseada em análises de mais de 42 críticos estabelecidos. Em contrapartida, a pontuação dos usuários caiu para uma classificação “geralmente desfavorável”, com 542 avaliações, sendo que 61% delas atribuíram nota 0 ou 1.
É importante destacar que quase todas essas avaliações não apresentam críticas substanciais, mas se concentram em reclamações sobre “cultura woke” e questionamentos como “podemos ter apenas personagens heterossexuais?”. Não há nuances ou valor nas análises apresentadas.
No episódio mais recente, intitulado “Day One”, Ellie (Bella Ramsey) e Dina (Isabel Merced) exploram partes de Seattle e recriam um momento icônico do jogo, onde Ellie canta “Take On Me” da banda A-ha para Dina. Posteriormente, Dina revela que está grávida de seu ex-namorado Jesse (Young Mazino), e as jovens compartilham uma cena emocional de afeto — um evento que já se desenrolava no jogo, mas com algumas mudanças narrativas para avançar a trama.
O episódio também revelou a história de origem de Isaac Dixon (Geoffrey Wright), futuro comandante da WLF, abordando sua saída da FEDRA, incluindo uma cena com um jump scare envolvendo um personagem interpretado por Josh Peck. Avançamos para o presente, onde Isaac tortura um Seraphite em busca de informações sobre um próximo ataque, assassinando-o quando este se recusa a cooperar.
A jornada romântica de Ellie e Dina torna-se caótica, sendo encurraladas entre um grupo da WLF e uma horda de infectados sob o esconderijo da WLF. Essa situação é outra referência ao jogo, forçando as personagens a uma fuga angustiante por entre vagões de metrô.
Este episódio não é o primeiro a sofrer bombardeio de avaliações negativas. Muitos fãs recordarão o preconceito homofóbico direcionado ao episódio de Bill e Frank na primeira temporada, o mesmo que rendeu a Nick Offerman seu primeiro prêmio Emmy. A série fez mudanças significativas nos personagens, mas conseguiu contar uma nova história sobre encontrar amor em meio ao apocalipse.