Os fãs da série Ryu Ga Gotoku têm um consenso notável: Yakuza 0 é o melhor ponto de partida na franquia Like A Dragon/Yakuza. É raro encontrar alguém que discorde de que Yakuza 0 é um dos melhores títulos da série e uma das melhores produções do estúdio. Mesmo após oito jogos principais — de Yakuza Kiwami a Like a Dragon: Infinite Wealth — não existe outro jogo na série que capture a mesma essência que Yakuza 0. Fãs frequentemente incentivam amigos, sejam gamers ou não, a jogar Yakuza 0 devido à sua excelência.
Com o lançamento de Yakuza Kiwami para Nintendo Switch no outono passado, muitos esperavam que Yakuza 0 também chegasse às plataformas da Nintendo. Embora o Kiwami tenha enfrentado problemas técnicos em um console mais antigo, os fãs de RGG ficarão satisfeitos em saber que o Yakuza 0 Director’s Cut no Nintendo Switch 2 apresenta um desempenho mais suave que um “perfeito score” na minigame de disco “Friday Night”.
Se você ainda não conferiu a série Yakuza/Like A Dragon, o Director’s Cut se destaca como a melhor forma de experimentá-la, uma vez que se passa cronologicamente antes dos demais títulos, e a nova versão para Nintendo Switch 2 contará com gráficos aprimorados e recursos adicionais que faltavam na versão original.
Yakuza 0 continua especial
Antes de abordar as novidades do Director’s Cut, é importante destacar por que Yakuza 0 é único e admirado por novos jogadores da série.
Yakuza 0 se passa 20 anos antes dos eventos de Yakuza 1/Kiwami, onde a franquia teve seu início. O jogo apresenta um formato de dois protagonistas, centrando-se em Kiryu Kazuma, o principal herói da série, e Goro Majima, um dos personagens mais carismáticos da franquia. Os capítulos da narrativa alternam entre os dois personagens, cada um com suas próprias missões, estilos de combate e minigames, situados em duas cidades fictícias baseadas em locais reais do Japão.
Ao jogar o Yakuza 0 novamente, as memórias e emoções voltaram. Há algo incrivelmente nostálgico na estética vibrante e nos ambientes urbanos do Japão. O brilho suave da cidade, os becos degradados, a moda colorida — a atmosfera é quase palpável.
A experiência de testar o novo Director’s Cut me deixou entusiasmado para jogar novamente. Yakuza 0 habilmente equilibra histórias secundárias cômicas com uma trama séria e impactante, sem que nenhuma das partes pareça deslocada. A profundidade do foco em dois protagonistas e como os eventos das histórias de Kiryu e Majima se entrelaçam resulta em um desfecho satisfatório, preparando o caminho para futuras narrativas.
Novos recursos do Director’s Cut
A demonstração começou no Capítulo 3, logo após a icônica cena de introdução de Majima, permitindo que jogássemos com ele pela primeira vez e explorássemos Sotenbori. Embora não houvesse grandes mudanças na jogabilidade em relação ao original, os gráficos estavam nítidos e o desempenho foi fluído, facilitando a adaptação ao novo controle do Nintendo Switch 2.
Exploramos a área com a nova dublagem em inglês. Matthew Mercer retorna como Majima, e a primeira atividade foi conferir sua interpretação de “24-Hour Cinderella” no minigame de karaokê, que foi excelente. A dublagem de jovem Majima na versão em inglês foi um pouco estranha no início, mas Mercer capturou bem a essência do personagem. Outros dubladores conhecidos, como Yong Yea (Kiryu) e David Hayter (Osamu Kashiwagi), também retornam.
Uma mecânica que incomodava no Yakuza 0 original era a necessidade de salvar apenas em cabines telefônicas, o que complicava durante batalhas longas e cutscenes. No Director’s Cut, agora é possível salvar a qualquer momento, embora as cabines ainda sejam opções para gerenciamento de armazenamento, eliminando a necessidade de interrupções constantes.
Embora não tenha explorado muito mais da jogabilidade ou de Kiryu, é evidente que se trata de um excelente título de lançamento para o Switch 2. Além disso, foram adicionados mais de 25 minutos de cenas extras, o que certamente persuadirá muitos fãs antigos a adquirirem o jogo.
Modo Red Light Raid
A segunda parte da demonstração nos levou ao novo modo Red Light Raid — uma nova opção de batalha online jogável em modo single e multiplayer. Na tela inicial, notei que o tema original de Yakuza 0, “Bubble” de Shōnan no Kaz, foi adicionado. Inicialmente, ele não foi licenciado para o lançamento nos EUA, então isso foi uma adição interessante.
O modo Red Light Raid possui seis desafios, todos envolvendo raids onde os jogadores enfrentam ondas de inimigos e chefes para coletar dinheiro e desbloquear novos personagens. Vários deles são NPCs e inimigos encontrados ao longo do jogo, permitindo combinações criativas de equipe. É possível escolher um estilo de luta para cada ataque, sendo uma ótima forma de praticar novos movimentos e combinações, mesmo que eu tenha me limitado a usar o modo Fera de Kiryu e arremessar motos contra os inimigos.
Os desafios aumentam em dificuldade com cada onda, proporcionando uma experiência desafiadora. Historicamente, a mecânica de combate beat’em up de Yakuza tende a ser um pouco fácil, então ter algo como isso se mostra como um verdadeiro desafio e, certamente, passarei várias horas jogando, enquanto Nishiki aguarda em um bar de karaokê.
Considerações finais
No geral, Yakuza 0 Director’s Cut apresenta mais novidades do que eu esperava, além de já ser um jogo excepcional. A jogabilidade aprimorada, as cenas adicionais e o modo online prometem uma experiência valiosa tanto para novos jogadores quanto para os veteranos da série. Estou ansioso para ver o aumento do apreço dos fãs da Nintendo por nossos protagonistas de Yakuza. Já consigo visualizar a expansão da base de fãs de Ryu Ga Gotoku com este lançamento e estou empolgado para revisitar os dias de juventude de Kiryu e Majima.